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ESTUDOS

No Brasil, 30% das mulheres já confessaram que não têm orgasmo; 35%, que têm alguma dificuldade de sentir desejo e 21%, que sentem dor na relação sexual. Claro que esses não são números isolados. A mesma mulher pode manifestar os três sintomas simultaneamente e isso perfaz 49%.

Primeiro, é preciso pensar que nem toda mulher exige o orgasmo e que para muitas nem mesmo o sexo é prioritário em suas vidas. No entanto, atualmente, a grande maioria começa a desejar obter o prazer máximo. Se é no clitóris que consegue a sensação, deve explicar a seu parceiro, porque o orgasmo provoca satisfação e relaxamento. A falta de descarga orgástica dificulta a liberação da tensão sexual acumulada e torna a mulher mais irritadiça e de relacionamento interpessoal mais difícil.

O orgasmo feminino pode ter um efeito terapêutico. Quem diz é o psicólogo americano Barry Komisaruk, professor da Universidade Rutgers, de Nova Jersey, que já passou 30 de seus 72 anos investigando os benefícios do prazer sexual no bem-estar das mulheres.

Seu último estudo demonstra que o clímax estimula todas as principais áreas do cérebro e tenta encontrar possíveis usos terapêuticos do estímulo vaginal.

No atual estágio, os estudos de Komisaruk estão concentrados em verificar se o prazer sexual pode ajudar no tratamento de pacientes com ansiedade, depressão ou dependências.

Durante sua pesquisa, Komisaruk colocou suas pacientes em câmaras de ressonância magnética com a recomendação de estimular suas partes íntimas até alcançar o orgasmo.

 

De acordo com a ginecologista Carolina Ambrogini, a dificuldade de chegar ao orgasmo é o segundo lugar da lista de problemas que levam as mulheres a procurar ajuda no Projeto Afrodite, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do qual é coordenadora. O projeto atende gratuitamente mulheres com disfunções sexuais. No topo da lista está a falta de desejo sexual.

A especialista explica que, a princípio, toda mulher está apta a alcançar o orgasmo, mas alguns fatores fisiológicos podem prejudicar este quadro. De acordo com a ginecologista Viviane Monteiro, as causas orgânicas são responsáveis por cerca de 20% a 40% das disfunções sexuais femininas.

 

 

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